terça-feira, 30 de agosto de 2011

JEAN - Cena 1 - Parte 2b

Naron fala:
-Claro, mestre!!! Por aqui. Vamos ao Gabrook.

Então o goblin se levanta e começa a se dirigir na direção dos navios atracados. Jean se levanta e segue logo atrás.

Nisso, uma dupla de guardas que Jean havia reparado há pouco olham em sua direção. Eles estão vindo da direção do navio em que Jean estava. Um deles fala em voz alta.

-Ei, você aí de capa preta! Venha cá!

Jean Volta-se para os guardas, mas permanece parado. Sob o manto, segura o cabo do sabre. E fala

- "Pois não, senhores. Do que se trata?"

Um dos soldados* nota a sua mão se movendo em posição suspeita sob o manto e se precavê colocando a mão em sua espada, ainda embainhada.

-Meu senhor, por favor mantenha as mãos onde possamos vê-las, por favor.

*(se fizer diferença, é o que está à sua esquerda, mais próximo da área de carga e descarga do porto do que das barraquinhas).

Jean não nota mais o seu amigo goblin por perto.

"Sacré Bleu! Que situação! Pode ser apenas uma inspeção de rotina, e eu passaria uma impressão horrível se agisse mal... por outro lado, se o braço de meu pérfido primo e sabe-se lá quais conspiradores estiverem com ele tiver me alcançadao aqui, deixar essa abordagem proceder pode me colocar numa enrascada da qual não sairei mais... Seguro morreu de velho. Vou-me!"

Jean dá uma guinada para direita (em direção às barraquinhas) e corre até conseguir colocar uma delas entre ele e a visão deles. Depois planeja se movimentar entre elas, rápida e silenciosamente, numa direção diferente e abaixado, e adentrar mais na cidade, deixando os guardas pra trás, utilizando táticas de "despiste".

-Ei! Volte aqui!

Diz o guarda que estava à sua esquerda e imediatamente corre atrás de Jean, que ouve um apito, aparentemente vindo do outro guarda, ele grita algo, mas Jean não ouve.

Jean passa perto da barraca em que comprou o lanche, o goblin que lhe vendeu o lanche faz algum sinal e fala algo em uma língua que Jean não entendeu, de repente o guarda não consegue alcançá-lo, o caminho ficou muito tumultuado.

As barraquinhas em geral vendem artefatos diversos (cada uma com uma especialidade, em geral), principalmente alimentos como peixes e frutas e alguns quitutes exóticos, mas nada de armas, ferramentas ou coisas similares. Esse tipo de coisa só em lojas.

Jean se esgueira abaixado, mas os guardas ainda estão conseguindo ter noção de onde ele está, Jean percebe dois guardas à sua procura, um à sua esquerda, outro à sua direita. Ele estima uma distância média de umas três a quatro barraquinhas entre os guardas e ele. Jean está andando de forma paralela à orla.

Jean já percorreu mais da metade das barraquinhas em seu ziguezague, mais cinco barracas em linha reta e ele poderá sair da zona das barraquinhas, no meio de um quarteirão de tamanho pequeno. De relance se vê que há uma rua de cada lado do quarteirão. Este quarteirão à frente é o segundo a partir da orla. Jean ouve uma música suave ao longe, mas não consegue discernir de onde vem (Nem está se importando muito com isso nesse momento, sendo um detalhe quase subliminar).

Jean está correndo meio abaixado, rapidamente estima que a rua mais próxima da orla está mais próxima dele e é pra lá que se encaminha, infelizmente o guarda à sua esquerda estava ainda mais próximo dessa rua, mas acabou se atrasando na multidão, tendo Jean pequena vantagem à frente do guarda. O outro guarda não está em seu campo de visão no momento.

Não parece que ele vá sair do campo de visão do guarda tão facilmente, mas Jean está conseguindo correr ainda. As casas nessa área possuem pé direito alto e não possuem telhado, somente lajes (são horizontais, em outras palavras). O prédio à sua direita é de dois andares, talvez algo administrativo, ele imagina sem se deter muito. A parede do prédio é lisa, sem ter onde escalar.

No quarteirão à frente há alguns caixotes perto de uma parede que ele poderia usar para subir no telhado, mas isso dificilmente lhe tirará do campo de visão do guarda que o segue. Além disso, há o cruzamento à frente no qual poderia dobrar em alguma direção. Infelizmente Jean não conhece a cidade e qualquer movimento será basicamente às cegas no que se refere a onde ir. E, no momento, nem lutar, nem se entregar lhe parecem soluções sensatas.

Assim sendo, seu plano passa a ser acelerar na corrida, dobrando em zigue-zague nas esquinas até tirar a si mesmo da visão dos guardas, e tentando fazer uma rota o menos retilínea possível. Pretende se aventurar por partes desconhecidas da cidade e, quando se sentir seguro, parar e pensar no que fazer.

Jean acelera. Decide dobrar à direita, para não ficar restrito à orla na sua fuga em zigue-zague. Quando chega na esquina o outro guarda (O que estava à direita nas barraquinhas) o vê e começa a correr atrás de Jean também, mantendo a sua decisão do zigue-zague, agora Jean dobra à esquerda. Os dois guardas estão em sua cola agora. Jean está dando sorte, embora esteja sentindo um pouco do esforço de corrida, mas se esforça para correr ainda mais rápido.

Dobra à direita e começa a ouvir a música um pouco mais alto agora. Ela o parece bonita, agradável. Jean dobra à direita de novo. Segue na direção da música.

O responsável pela música é um bardo de voz melodiosa que está cantando em uma taverna. Jean passa bem em frente à taverna. Ele pára a música quando o vê passar. Os guardas estão perdendo pra Jean, mas começam a reduzir a distância à medida que ele começa a ficar cansado.

O bardo percebe o que está acontecendo e então começa a cantar outra música, em uma língua estranha à Jean*.

*http://letras.terra.com.br/kiko-zambianchi/46826/

Jean corre bastante, dobra a primeira esquina, depois dobra em um beco à direita. O beco vai até a parte de trás da taverna e depois dobra em "L" à esquerda até a rua de trás.

Nos fundos realmente há lixo, caixotes, barris velhos e uma porta dos fundo, por onde parece que eles devem tirar o lixo e/ou reabastecer a taverna. Talvez seja só uma entrada de funcionários.

Se quiser se enfiar no monte de lixo, ele é grande o bastante. Hás alguns barris com espaço suficiente também, mas também estão podres e com um cheiro ruim. Dentro dos caixotes há lixo.

Jean observa um caixote melhor conservado um pouco afastado da parede, daria pra se esconder lá atrás sem ficar fedendo, mas sua roupa provavelmente ficará suja da parede e da madeira do caixote e sua mobilidade ficará reduzida (espaço estreito).

Jean olha pra trás, até o momento não apareceram os guardas, nem se ouve nenhum grito deles. A música continua a tocar dentro da taverna.

"O ser humano é capaz de atos incríveis em nome da sobrevivência quando abandona a dignidade..."

Pensa Jean enquanto se enfia no caixote supracitado e dá um bom tempo de descanso por lá...

Jean se espreme atrás do caixote e fica lá por um bom tempo. A música toca por mais um tempo, depois mais outra e mais outra e depois pára. Nenhum sinal dos guardas até o momento. Só se houve um burbirinho das conversas na taverna.

Jean recupera um pouco das energias, mas suas pernas continuam cansadas, ele começa a senti-las, quer sentar-se. Jean já ficou um bom tempo ali atrás e resolve sair.

No momento em que resolve sair, a porta se abre. Jean então não sai, espera mais um pouco. De relance deu pra ver que era o bardo que estava tocando mais cedo.

Jean ouve um barulho e depois o barulho de alguém urinando no beco. Depois de alguns segundos, o bardo pára de urinar e se ouve um novo barulho igual o primeiro. É um barulho baixo e você não faz idéia do que seja, só percebe que veio dele.

Jean ouve os passos novamente e então o barulho pára. E o bardo fala:

-Os guardas já foram, sabe? Você pode sair daí.

sábado, 27 de agosto de 2011

JEAN - Cena 1 - Parte 1b

Jean desce do barco e caminha pelo porto, acostumando novamente o seu corpo a andar pela terra. Não nota nada que lhe salta à vista enquanto caminha e olha os vários artigos sendo comercializados e relembra o passado, se lembrando do tempo, que agora parece distar uma vida, em que praticamente tudo o que queria podia ser dele.
Seu plano a médio prazo: perguntar a alguém que eu suponho que poderia me dar essa informação (um taverneiro ou mercador mais simpático com tempo para conversa) onde pode-se arranjar trabalho para um marinheiro e soldado espadachim.
Mas agora, vamos ao desjejum.
Conta as moedas e verifica que ainda possui 10 moedas de cobre. Resolve se encaminhar para a espelunca mais cheia de pessoas pobres, trabalhadores braçais e mesmo mendigos, pois ela significará, provavelmente, comida mais barata. Pouco depois, ao se aproximar de uma barraquinha suja, cheia de moscas, rodeada de pessoas de aparência pobre, e mendigos, vê um mendigo goblin que lhe pede uma moeda de cobre em ajuda, dizendo ter fome.
(Jean já está agora em frente à barraca de comida, mas não consegue discernir direito o tipo de comida que é vendido lá, pois há uma quantidade razoável de goblins se aglomerando próximo ao balcão. Jean nota que não há humanos comprando nessa barraca, mas até aí, essa é uma cidade com população de cerca 2/3 de goblins).
Embora seu rosto prossiga com a sua habitual expressão dura, Jean se compadece do pobre esfomeado e lhe passa duas moedas, perguntando em voz baixa:
-“Isso compra uma refeição?”
Ele olha assombrado para as duas moedas e a seguir para você, como que deslumbrado. E lhe responde:
-Muito obrigado meu senhor! Faz muito tempo que ninguém é tão generoso comigo! Normalmente eles só me dão restos para comer. Muitíssimo obrigado!
Então Jean pergunta:
- "Gostaria de comer em minha companhia? Estou por aqui à procura de trabalho, e você, como nativo da cidade, poderia me ajudar..."
Ele, com os olhos ainda mais deslumbrados, responde empolgado:
- Além dessas moedas, o senhor ainda irá me comprar uma refeição? Muitíssimo obrigado meu senhor! Com certeza eu gostaria de comer em sua companhia e de lhe ajudar no que eu puder!
A atitude dele é quase de reverência no momento, se curvando diante de Jean.
Jean percebe que as pessoas ficaram olhando pra eles após a reação entusiástica do pobre mendigo, ao que Jean responde, dizendo ao mendigo:

- "Por favor, aprume-se. Você não me conhece tão bem assim para ser tão gentil. Vamos ver o que posso adquirir para nós nesta barraca com as moedas que me restaram".

Então Jean se aproxima mais da barraca, tentando conseguir algo para comer. Quando chega sua vez, ele fala ao vendedor:
- "O que posso conseguir por oito moedas de cobre? Para mim e para meu companheiro?"
O vendedor ri um pouco de sua cara.

- Rapá, Que vuntadi mi deu agora di ti cobrá 8 pila pelus doix lanchix. É só uma moedinha u compretu moçu. Tomi, doix >Algum nome de comida incompreensível< i doix sucux. Si tu quizé raçãu pra viagi, o manu aqui do lado vendi por um pila cada. Jean se esforça pra entender o linguajar estranho do sujeito, recebe os dois sucos e os dois lanches de nome incompreensível. Jean olha pra comida e não consegue discernir o que é e o cheiro não é exatamente saboroso, na verdade parece algo bem estranho, mas pelo menos, a princípio, não parece ser algo que esteja estragado. Jean se aproxima do mendigo, que está sentado na beirada ca calçada na beira da região das barraquinhas, olhando para a área de desembarque do porto. Jean se senta do lado dele e lhe passa o lanche com o suco e, enquanto senta e passa o lanche, começa a falar: -“Havia lhe perguntado antes, e repito a pergunta: há algum lugar aqui, que você conheça, onde um soldado e marinheiro possa arrumar trabalho? Creio que, a não ser por minha espada, após este desjejum, serei um homem pobre, e não pretendo permanecer assim.” Antes de responder, ele olha pro lanche maravilhado. -Oh, muito obrigado, adoro >mais uma vez você não entende o nome da comida<, faz tanto tempo que não como um desses. Muitíssimo obrigado. Achei que você humanos não gostassem disso. O paladar de vocês é tão estranho às vezes. Vocês viajam pra longe atrás de pozinhos e plantinhas insossos (especiarias), mas não conseguem saborear essa deliciazinha aqui. Você é o primeiro humano que eu vejo comprando um desses. Você já comeu antes?

A seguir ele começa a comer o lanche vorazmente (nem tanto a seguir, na verdade ele começou a comer logo após a segunda frase, intercalando as frases com as bocadas que ele dava no lanche.

Pouco após ele acabar de falar a maravilha que era o lanche goblin, ele termina o lanche, você ainda não começou a comer o seu, ainda está olhando com um pouco de dúvidas pro lanche estranho.

Ele olha pra Jean e pro lanche com um sorriso de expectativa.

Após ouvir todo o relato empolgado do goblin a respeito da comida, Jean comenta:

- "Na verdade, vou experimentar hoje. Perdoe se meu paladar não for refinado o suficiente, sou apenas humano."

Então Jean come o lanche, o sabor é um tanto desagradável, um pouco menos do que esperava, mas, afinal de contas, Jean passou fome naquele barco e não há tempero melhor do que a fome.

Enquanto come, o mendigo goblin se lembra de sua pergunta e começa a falar.

-Você me perguntou de trabalho, não? Faz tanto tempo que não trabalho. Um sujeito detestável armou pra mim em meu antigo emprego, ele fez todos acharem que eu havia roubado um artefato muito querido de meu antigo patrão. Eu fui expulso de meu antigo emprego e ninguém nessa cidade me dá emprego nenhum desde então. De vez em quando alguém me dá um resto de comida e só, acho que não porque se importem, mas só pra prolongar a minha vida de agonia mesmo.

-Quanto a você, certamente que deve arrumar trabalho. Acho que a maioria desses navios que estão chegando devem precisar de um marinheiro ou dois. Afinal de vez em quando o mar cobra a vida de algum marinheiro. Se você procura um navio um pouco mais confortável do que a média, o GabrOOk é uma boa pedida, mas não sei se eles estão procurando marinheiros, ele aportou há bem pouco tempo.

-Muitos deles precisam de soldados , mercenários ou guarda-costas também, pois os ataques dos piratas ocorrem em escala não desprezível. Hmmm... parece que Sanjar* está na cidade também, mas não sei ao certo o que ele veio fazer aqui.

*Ao contrário de Devon, que é do continente de Mégalos (e reptante), Jean, que é de Araterre, nunca ouviu falar de Sanjar, não faz muita idéia de quem seja ele.

Nesse momento, Jean acaba sua refeição, pede para o mendigo aguardar um momento e se dirige à barraquinha onde comprou os lanches, onde dá uma moeda a mais para o dono da barraca:

- "Agradeço por não ter se aproveitado de minha ignorância. Pena que não posso recompensar sua honestidade com mais do que uma simples gorgeta".

- Quê isso sô! Precisava não! Mas se o sinhô tá si sintinu generosu mermu, num vô recramá, não! Brigadu, viu? Vorte sempri!

Após esse aparte com o dono da barraca, Jean volta a se sentar com o mendigo para continuar a conversa.

(Nesse meio tempo Jean percebe que há guardas andando pelo porto, aparentemente fazendo perguntas para as pessoas, com papéis na mão. Eles estão perto dos navios (há dois a uma distância não muito grande do navio do qual você desembarcou, no ancoradouro ao lado.), longe de vocês. Da distância em que se encontram, não dá pra ouvir nada, nem ter idéia do que são tais papéis.)

- "Bem, você está desempregado e admite ter uma reputação ruim não merecida... mas conhece o território, e eu não, e parece ser bom falante e conhecedor de mais de um assunto. Gostaria de empregar-se como meu criado enquanto eu ficar pela cidade, ou por mais tempo, se decidir me acompanhar quando eu me for? Não prometo grandes pagamentos fixos agora, porque não disponho de grandes recursos no momento. Mas prometo que lhe darei uma parte justa do dinheiro que eu conseguir ganhar, e dividiremos igualmente a comida, mesmo que seja para passarmos fome juntos. E também defenderei sua vida enquanto seguir minhas ordens, sem jamais pedir-lhe que arrisque a sua por mim ou faça algo que vá contra sua honra ou exceda sua capacidade, pois todos temos um limite. Mas preciso de alguém com mais experiência de mundo do que eu e parece que não tens nada melhor por enquanto".

-Ora meu senhor, nem precisava de tanto, qualquer coisa é melhor do que viver nessa miséria e mendicância. Trato feito, sou seu servo e criado de agora em diante.

- "Estamos acertados, então. Mas agora satisfaça minha curiosidade: quem é este indivíduo de nome peculiar que mencionaste? E de que negócios trata o barco Gabrook?"

O goblin responde:

- Oh meu senhor, então não conheces Sanjar? Ele é um reptante, membro importante da guarda do imperador. E, eu não sei o que Gabrook está comercializando no momento, ele comercializa especiarias na maior parte do tempo, pelo que sei, mas é contratado por alguns nobres quando eles precisam de algo específico também. Mas ao que me consta, ele é um barco muito bem equipado, parece que nele há um clérigo que não deixa faltar comida a ninguém na embarcação.

Jean diz o seu nome e pergunta o dele.

-Oh, meu nome, faz tanto tempo que não o digo, nem o ouço, só xingamentos e maltratos ouço sempre. Pois bem, muito prazer senhor Jean, meu nome é Naron Utak.

- "Pois bem, Naron, vamos ao Gabrook primeiro, falar com alguém e, se algo der errado, ao próximo navio e assim por diante... tens problemas com a vida no mar? Se por acaso souber ou lembrar de oportunidades de trabalho em terra, igualmente não me oponho."

Jean levanta-se e pede que Naron indique o caminho.

http://mares-de-araterre.blogspot.com/2011/08/jean-cena-1-parte-2b.html

DEVON - Cena 1 - Parte 1a


O irmão goblin de Devon ficou em Sho'joor, está cuidando da oficina nova que Devon fundou lá. Devon está confiante de que chuvisco está cuidando bem da loja. Ele já é um mestre artesão, embora não da estatura de Devon. Ambos já foram convidados para fazer parte da guilda dos artesãos, mas Devon não se interessou e seu irmão segue seu exemplo.
Após uma longa de exaustiva viagem até a cidade, Devon finalmente tinha chegado, e tinha chegado com um pouco de fome, mas isso não era tão urgente, primeiro iria fazer o que viera fazer, ajudar seu colega de profissão.
-“Hora de colocar o que eu sei em prática”.
Devon junta suas coisas, sem se esquecer de sua preciosa espada, e desce com um pulo da carruagem. Assim que toca no solo, se estica e vai para junto dos guardas.*
-“Vocês vem comigo?”
Um dos guardas balança a cabeça negativamente.
-“Se estiverem com fome e quiserem parar em algum lugar para comer, podemos parar no caminho, só avisar.”
-Somos guardas pagos pelo próprio reino para proteger a caravana contra saqueadores, pois tem havido muito saques nessa rota. Não podemos aceitar dinheiro extra, as penas são severas contra quem faz isso. Além disso, Sanjar* está na cidade. Ele acabaria sabendo e a punição seria cruel.
*Shanjar é um reptante, pertencente aos dragões leais, da guarda do imperador, aquela que Devon iria servir se não tivesse sido dado em adoção ao pai goblin. Devon já ouviu falar dele em algum momento, lembra desse nome e sabe que é um reptante a serviço do imperador, mas não sabe grande coisa a respeito do mesmo.
O outro completa.
-É, até que estou com fome também, mas precisamos esperar todo mundo descarregar suas coisas antes de podermos relaxar um pouco. Depois disso, temos o dia de folga. Acho que vou pra caverna do cavalo manco depois. Se quiser tomar alguma coisa depois passa por lá. Ah, cuidado, não vá assustar nenhum cavalo.
Devon se despede e decide se dirigir para a oficina de seu colega de profissão que irá ajudar, pensando que, caso não o encontre lá, irá à casa do mesmo. Devon então entra na cidade, com cuidado para não passar muito perto dos cavalos, para não assustá-los.
A oficina de seu amigo fica passando o porto, ainda na região comercial da cidade. Seguindo reto Devon evita o porto (se quiser) e dobra à esquerda só na rua da oficina.
Alternativamente Devon pode dobrar logo e passar por toda a parte comercial da cidade, inclusive o pátio de desembarque das mercadorias seguido de toda uma área com barraquinhas nas ruas que vendem comida e lanches. Devon pode comer nas barraquinhas, em uma lanchonete ou em uma taverna se decidir assim no caminho (Ou pode dobrar depois da área de desembarque e antes das barraquinhas).
A casa do amigo fica bem em frente à oficina, atravessando a rua, ainda dentro da zona comercial, pouco depois da área com as barraquinhas. A oficina é a velha oficina de Devon, que pertenceu ao velho anão antes de pertencer a ele. Devon vendeu-a a seu amigo quando se mudou para Sho'joor. Ele era seu vizinho. Ele é um goblin conhecido como "Mãos Negras" (Por ter queimado suas mãos uma vez e elas terem ficado negras), mas seu nome é Valthivout.
Devon segue tranqüilamente pelo meio da cidade, evitando a parte mais movimentada, e chega à oficina de Valthi Vout. Está aberta, mas Devon não vê ninguém a princípio.

Devon entra na oficina e, enquanto olha em volta exclama:
-“Ah, minha velha oficina, local onde fiz meus melhores trabalhos”.
Nisso, ouve um ruído saindo de lá de dentro (De outro aposento). Logo a seguir sai um jovem goblin lá de dentro (Pouco mais que uma criança, um pré-adolescente). Ao vê-lo, o jovem fica meio assustado. Fica tímido, meio calado, encostado na parede, parece estar com medo. Ele fica encarando o reptante sem saber o que fazer.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Personagem 3 - Yorick, o mago goblin

Quando jovem, sinais de sua rebeldia já eram aparentes, por essa razão, seus pais o colocaram sob constante guarda de vários diferentes tutores, o que irritou muito Yorick, pois após isso, ele teve pouco tempo para ficar sozinho e dado a importância de sua família, poucos eram os que realmente gostavam dele, assim sendo, diversos “tutores” eram excessivamente cruéis quando não havia ninguém por perto.

Com o tempo, Yorick começou a “pegar” coisas da sua família e vender para os mercadores de Yibyorak e com o dinheiro comprar coisas para si mesmo, no princípio era apenas pequenas moedas para comprar algumas guloseiams (ele tinha apenas 12 anos quando começou a furtar de sua família), mas com o tempo e os estudos, os valores foram aumentando (afinal itens utilizados para os estudos arcanos não são baratos).

A vida furtiva levou-o a fazer contato com uma corja pouco comum no seu circulo social, os irmãos de Mercúrio, que se tornaram seus receptadores padrão e eventuais aliados.

Ao completar 16 anos recebeu o aviso oficial de casamento com outra goblin de uma família de poderosos magos, nunca sequer havia visto a jovem com a qual havia sido “escolhido” para casar, porém a ideia de passar a vida inteira sob ordens de sua família começou a se tornar insuportável. Percebeu neste instante que se quisesse ser livre, teria que lutar pela sua liberdade.

Após juntar algum dinheiro conseguiu comprar uma passagem em um navio mercante, juntou tudo o que pode, se prepararou e partiu em busca de liberdade.

Introdução

A manhã está raiando na cidade goblin. Yibyorak é uma cidade megalana de comércio efervescente composta majoritariamente por Goblins. No porto vários barcos estão aportando, alguns estão se preparando para partir outros esperando situações mais favoráveis antes de levantar âncora. Barcos de todos os tipos aportam nos vários ancoradouros da cidade.

Em um dos navios, vindo de Araterre, encontra-se um rapaz louro de expressão sombria, vestido com uma capa negra. A quem perguntar, seu nome é Jean. O barco aporta. É um barco de porte médio, de transporte de carga, sem acomodações. Os tripulantes dormem na cabine, no convés ou no meio da carga.

O barco encosta ao lado de outro, esperando a vez. Os tripulantes são liberados para comer alguma coisa. O braço direito do capitão ficou de lhe levar algo para o mesmo. Para descer, todos passam por tábuas entre as embarcações. Jean passa com uma graciosidade ímpar.

Por terra, uma caravana mercante vinda de Sho'joor recém-chegou à cidade. 20 carroções, puxados por bois, cavalos ou burros. Um punhado de jumentos puxando carretas com mantimentos, várias pessoas a pé e outras à cavalo (ou jumento), incluindo 20 guardas encarregados da segurança. A população da caravana é mista de goblins e humanos. Uns 2 ou 3 mercadores goblin possuem servos hobgoblin e um punhado deles empregam kobolds como ajudantes (mão de obra barata) Em uma carroça no final da caravana, puxada por bois, vai um ferreiro reptante e 2 guardas. O ferreiro é bem conhecido pelos mercadores goblin, principalmente por ter cuidado do seu irmão goblin após a morte de seu pai adotivo.

Jean está à procura de um local para fazer seu desjejum. Está com fome, suas acomodações na embarcação não foi das melhores, a comida ficou escassa no meio do caminho. Para ele há opções em barracas perto do porto onde alguns goblins vendem um desjejum barato ou em uma das várias tavernas também logo ali perto.

A caravana chega e todos começam e se dispersar pela cidade. Os que têm mercadorias levam-nas para armazéns ou compradores ou para embarcar em algum dos diversos navios aportados. Os demais vão para suas casas ou casas de parentes Os que não têm parentes vão para pousadas ou tavernas para se hospedar. Alguns ainda preferem procurar um local para o café da manhã: Uma taverna, um bar/lanchonete, uma pequena barraca na rua (Mais comum na área do porto). Alguns ainda seguram sua fome e vão direto a seus afazeres.

O fato é que Yibyorak é uma cidade de comércio muito forte, principalmente por causa da altíssima proporção de goblins na cidade. Tudo que se pense em comprar se pode encontrar nessa cidade. Provavelmente só perde para Sho'joor e Mégalos, mas o comércio em Yibyorak aumenta a cada dia, com os navegantes evitando Sho'joor por causa dos piratas.

Jean está no porto, descendo da embarcação

O Ferreiro Reptante está na carruagem, que está parada na entrada da cidade, pegando suas coisas e se preparando para descer. Os guardas já estão do lado de fora da carruagem. Muitos que vieram com a caravana já se dispersaram, outros ainda estão por perto.